Oláá, pessoas!
Eu já contei aqui algumas das várias peripécias que eu já aprontei no Rio de Janeiro, e hoje vou contar mais uma.
Sempre que eu tinha um dinheiro sobrando ou encontrava passagem área em promoção eu não pensava duas vezes e ia para o Rio.
Nessa viagem eu não lembro quem foi comigo, mas fiquei hospedada no Karisma Hostel, local que eu já estava habituada a ficar e lembro que eu queria ir até Niterói vistar um amigo.
Perguntei para o Helano (Gerente do Hostel) como eu fazia para ir de Ipanema a Niterói de forma segura e ele me explicou e foi bem claro comigo, cuidado com a volta, não deixa para voltar à noite, a Praça XV costuma ser perigosa e preciso que atente-se a esse detalhe: NÃO PEGUE ÔNIBUS NO MERGULHÃO, lá é muito perigoso! Mergulhão era um túnel que ficava embaixo da Praça XV e por lá passavam várias linhas de ônibus, porém à noite não era o recomendado.
Por volta de 13h eu peguei o primeiro ônibus em Ipanema e desci na Praça XV, de lá peguei uma catamarã (balsa) e fiz a travessia Rio x Niterói.
Chegando em Niterói foi tudo bem legal, me encontrei com meu amigo, passeamos muito e fomos em um restaurante que eu adorava, que é o Bendito, creio que eu já tenha falado desse restaurante em outro post aqui do blog.
Quando olhei no relógio já era por volta de 19h e fiquei assustada de como a hora tinha passado rápido e quando percebi que já tinha escurecido me bateu uma leve preocupação.
Meu amigo resolveu me acompanhar até a praça XV, pois de lá eu teria que pegar uma outra condução até Ipanema. Pois bem, pegamos a catamarã e fizemos o trajeto Niterói x Rio.
Esse trajeto levava em média uns 30 minutos.
Agora vem o grande auge da história! Quando chegamos na Praça XV por volta de 20h, parecia ser madrugada, o cenário era de dar medo! Não tinha uma alma viva, estava tudo deserto.
Eu e meu amigo ficamos caminhando por ali e analisando como eu faria pra pegar uma condução para ir embora e tendo em vista que não tinha nenhuma opção, fomos caminhando até descer uma rampa e ficamos em um túnel onde o movimento de carros e ônibus eram bem grande.
Daí eu tive a brilhante ideia de pegar meu celular na cintura e fazer uma ligação para o hostel e perguntar pro Helano qual a numeração do ônibus que eu deveria pegar de volta, e em conversa ele perguntou onde eu estava e expliquei que estava em um túnel embaixo da praça e de imediato ele gritou do outro lado da linha: O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO NO MERGULHÃO? AI É PERIGOSO, SAIA DAÍ!
Falei pro meu amigo que era melhor sairmos dali, mas na sequência veio um menino de bicicleta em nossa direção, daí já comecei a sentir calafrios.
Ele parou na nossa frente e por debaixo da blusa apontou uma "arma" na nossa direção e disse, PERDEU, PERDEU! PASSA O CELULAR.
Na hora eu juro que o sangue sumiu da minha cara e a minha primeira reação foi entregar o celular, mas de repente eu senti o meu amigo puxar o meu braço pra trás, eu olhei pra ele assustada e fiz novamente o movimento para entregar o celular e pela segunda vez ele puxou meu braço para eu não entregar, e pensei comigo, ele tá doido? Será que quer levar um tiro? Tudo estava saindo conforme eu não planejava. Hahaha!
Ai o moleque sorriu e disse, brincadeira! Mas não fica dando mole aí não porque se não vão ser assaltados de verdade.
Eu falei O QUEEE?? VOCÊ NÃO VAI ME ROUBAR? É SERIO?
Não sabia se eu respirava de alivio ou se metia a mão na cara dele.
Por fim saímos do mergulhão e eu peguei um táxi até uma área mais segura e na sequência outo ônibus até que cheguei sã e salva em Ipanema.
Moral da história, quase infartei e aprendi a não bancar de turistona. Hahaha